domingo, 21 de outubro de 2012


É coisa demais pra ser ou não ser, Shakespeare, cadê você? Direitos das mulheres, dos negros, dos pobres, dos gays, dos animais, por qual luto? Até que ponto luto? Ser hipster, ser hippie, punk, forrozeiro, funkeiro ou nada. Nerd, geek, pseudo-cult, cult, poser. Ser especialista em fotografia, cinema, música ou literatura. Ou em todas, em todas. Sou nacionalista, então não posso ver Friends e falar ‘whatever’, really? Ler Freud e me achar no direito de pensar que leio as pessoas. Todo mundo agora é psicólogo… Não ser puritana chata e não ser p*ta fácil. Não ser fútil e vazia, não ser intelectual blasé.
        
Olha onde Shakespeare estaria                                 Tem que direcionar o Hadouken?

Eternizada como a virgem indefesa, fútil e fragil. But in fact....
Ouvir Scorpions e O teatro Mágico. Vanessa da Mata e Joan Jett. Ser louca pelo Chico Buarque e ficar louca numa rave sem letras. Gostar de meninos ou meninas. Rita Lee ou Renato Russo? Raul ou Cazuza? Qual era melhor? Posso gostar dos dois? E se eu quiser ler Caio Fernando Abreu e Jean Paul Sartre? Tati Bernardi e Simone de Beauvior?

 Você tem que escolher, você tem que escolher, você tem escolher o que é, o que quer ser. Que linha de pensamento segue, qual filósofo mais te apetece. Cubismo, expressionismo, realismo, lirismo, cinismo, niilismo. Meio cheio ou meio vazio. Não dá pra gostar de Bukowski e Camões, eles dizem. E se eu quiser? 


Acho que essa ideia de polar ser bom e bipolar ser ruim vem da Física, onde tudo tem um  polo positivo e um polo negativo
Mas e se eu mudo na próxima esquina? Se eu deixo de querer o que queria? Bipolar, você é bipolar (poser, poser). Mas se de repente eu for firme e equilibrada? Viro polar?
E se eu não quiser ser enquadrada como são os livros, os filmes, as seções de supermercado?
Do que você vai me chamar se eu não quiser ser chamada de nada?

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