É
coisa demais pra ser ou não ser, Shakespeare, cadê você? Direitos das
mulheres, dos negros, dos pobres, dos gays, dos animais, por qual luto?
Até que ponto luto? Ser hipster, ser hippie, punk, forrozeiro, funkeiro
ou nada. Nerd, geek, pseudo-cult, cult, poser. Ser especialista em
fotografia, cinema, música ou literatura. Ou em todas, em todas. Sou
nacionalista, então não posso ver Friends e falar
‘whatever’, really? Ler Freud e me achar no direito de pensar que leio
as pessoas. Todo mundo agora é psicólogo… Não ser puritana chata e não
ser p*ta fácil. Não ser fútil e vazia, não ser intelectual blasé.
Olha onde Shakespeare estaria Tem que direcionar o Hadouken? |
Eternizada como a virgem indefesa, fútil e fragil. But in fact.... |
Ouvir
Scorpions e O teatro Mágico. Vanessa da Mata e Joan Jett. Ser louca pelo
Chico Buarque e ficar louca numa rave sem letras. Gostar de meninos ou meninas.
Rita Lee ou Renato Russo? Raul ou Cazuza? Qual era melhor? Posso gostar dos dois? E
se eu quiser ler Caio Fernando Abreu e Jean Paul Sartre? Tati Bernardi e Simone de Beauvior?
Você tem que escolher, você tem que escolher, você tem
escolher o que é, o que quer ser. Que linha de pensamento segue, qual
filósofo mais te apetece. Cubismo, expressionismo, realismo, lirismo,
cinismo, niilismo. Meio cheio ou meio vazio. Não dá pra gostar de
Bukowski e Camões, eles dizem. E se eu quiser?
Acho que essa ideia de polar ser bom e bipolar ser ruim vem da Física, onde tudo tem um polo positivo e um polo negativo |
Mas e se eu mudo na
próxima esquina? Se eu deixo de querer o que queria? Bipolar, você é
bipolar (poser, poser). Mas se de repente eu for firme e equilibrada?
Viro polar?
E se eu não quiser ser enquadrada como são os livros, os filmes, as seções de supermercado?
Do que você vai me chamar se eu não quiser ser chamada de nada?
Do que você vai me chamar se eu não quiser ser chamada de nada?
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